sábado, 25 de abril de 2015

Dica de mangá: Anatolia Story, ou Red River (ou ainda Sora wa akai kawa no hotori)




"Onde o céu encontra o Rio Vermelho" esta é a tradução para o nome em japonês deste mangá (tradicional quadrinho japonês, geralmente publicado em preto-e-branco e na ordem de leitura de escrita japonesa, de trás pra frente, da direita pra esquerda). Então esta é uma resenha um pouco diferente. Aliás vai ser mais uma dica de como começar algo totalmente novo, para alguns.

Provável que você conheça esta parte da cultura japonesa pelas serializações animadas deles. Aqueles desenhos divertidos que passavam sempre nos programas matinais das emissoras, como Dragon Ball, Naruto, Pokemon, Cavaleiros do Zodíaco, etc. (Uma dica de amiga: estes desenhos são muito mais engraçados em sua língua original, vale a pena tentar!).

Talvez o mangá sobre o qual eu vou falar não é tão popular quanto os que eu citei logo acima. E até onde eu saiba também não houve nenhuma animação inspirada nele. Infelizmente. Ele foi publicado entre os anos 1996 e 2002 e conta com 28 volumes. E é impossível ficar entediado, apesar da história longa. Principalmente por causa seus protagonistas, que são realmente cativantes.


A história basicamente é sobre uma garota japo
nesa comum que através das feitiçarias e maquinações da Rainha Má Nakia é transportada para o antigo Império Hitita, que fica na região da atual Turquia. A rainha deseja o sangue de Yuri para lançar uma maldição nos príncipes herdeiros para que seu filho ascenda ao trono do império.

Ela é salva pelo príncipe herdeiro Kail Mursili e passa a viver em seu palácio como sua concubina. Só que Yuri, apesar de ser sequestrada muitas vezes durante a história, não é a típica donzela em perigo. Ao longo do enredo, ela vai provando que tem um bom timing para estratégias militares, uma boa índole e é uma pessoa que sabe cativar o amor e a lealdade de seu povo, além de saber muito bem se defender com uma espada. Não é por menos que o povo hitita começa a considerá-la como o avatar da deusa da beleza, do amor e  da guerra, Ishtar.

Kail não fica atrás em simpatia. Ele é um aristocrata, e a pessoa mais cotada para herdar o trono de seu país. Porém, ele é um homem razoável, e que se preocupa com seu país, muito além de desejo de poderio militar e riqueza. Tem um sonho de fazer um reinado de paz, em que seu povo prospere mais do que nunca, e pra isto, sempre teve em mente que ele precisaria encontrar uma mulher que tivesse as características certas para realizar este sonho ao seu lado. E os céus dão Yuri de presente a ele. O amor entre os dois vai crescendo e se desenvolvendo durante a história. Eles tem muita química, e devo dizer, é um dos casais de mangás que eu mais torci na vida.

E como este é um mangá histórico, apesar da autora tomar muitas liberdades, você vai encontrar muitas cenas e personagens que realmente existiram, como Ramsés (que na história ainda não tinha assumido o trono do Egito), e a Rainha Nefertiti, famosa por sua beleza e por outras coisas mais.

O traço da autora não é tão delicado quanto o de outras que eu já vi. Mas com certeza é interessante, com suas mãos e pés alongados, mas você acaba se acostumando. Os 28 volumes tem muita ação, aventura, erotismo e romance. É simplesmente lindo acompanhar o amor de Kail e Yuri, e ver eles lutando pra superar as provações que Nakia coloca entre eles. Uma pena este mangá não ser publicado por aqui (eu li ele através de scans, em inglês), pois apresenta uma heroína forte, decidida, e apesar de apaixonada, independente. Além de uma ótima história.

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